Artigo: Irresponsabilidade x
fatalidade
Quando assistimos na televisão as noticias de grandes
tragédias, ficamos atônitos , grande catástrofes da natureza nos assustam
muito, agora, o que dá medo mesmo é a irresponsabilidade de alguns empresários
que não pensam na vida dos frequentadores de suas casas de eventos, como o
recente ocorrido em Santa Maria, onde
centenas de pessoas perderam a vida e outros estão internados intoxicados pela
fumaça do material de isolação acústica, mas feridos para sempre na alma, pela incompetência
de quem acha que sabe de segurança, gerindo pequeno locais ‘’os Inferninhos’’ e também os grandes palácios de eventos internacionais,
podem estar inclusos nesta estatística de descaso pela vida humana. Enquanto
nossos profissionais de segurança estiverem desempregados ou sucumbidos seus
conhecimentos por falta de oportunidades de demonstrarem o quão importante é
ter um bom projeto de segurança, em algumas instituições a segurança esta
subordinada ao departamento financeiro, recursos humanos, serviços gerais e
outros, precisamos deixar o ‘empirismo’ de lado e vamos entregar a segurança
nas mãos dos profissionais especializados, professores universitários,
escritores e consultores em segurança, com certificações nacionais e
internacionais realizando seu trabalho na integra e não parcialmente, inclui
neste trabalho uma analise de risco, plano de evacuação , plano de fuga ou
abandono, com iluminação adequada , sinalização apropriada e de emergência,
projetos de sistema de incêndio, hidrantes, escadas de emergência e outros. Todos os equipamentos são para a
segurança e são conhecidos como sistema de prevenção incêndio e não correção. Enquanto
isto estas boates tem falta de pessoas capacitados para situações de pânico, falta de treinamento e
conhecimento, o preparo necessário para agir em situação de correria e de total
falta de controle da multidão dentro
destas boates pelos rincões de todo Brasil.
Quando falamos de equipamento de detecção de incêndio..... ai
a coisa é muito grave, muito gestores ou empresários deste locais não sabem
a diferença entre detecção e o combate ao incêndio, detector de um extintor de incêndio. Uma situação
lastimável que envolve vidas de pessoas inocentes que frequentam estes lugares
chamados de ‘balada’’. Eu sei é caro ter um bom sistema de segurança contra
incêndio, plano de abandono, sinalização e produtos anti chamas mas, quanto
custo a vida do cliente, quanto terão que pagar de indenização para as famílias
de luto, que merecem nosso respeito e nossas condolências pela tragédia que
envolveu seus entes queridos, quantos mais ainda vão perder suas vidas de forma
absurda, por pura falta de responsabilidade.
A sociedade precisa dar um basta a isto tudo, ministério
publico , os órgãos de classe e dos
governos estaduais e municipais na fiscalização destes locais, não basta ter
normas, alias existem muitas e bem
fundamentadas, o que falta é uma rigidez maior que possa punir de verdade os
infratores tanto civil como criminal e
dar poder aos agentes do governo para fechar estas ‘Arapucas’ disfarçadas de
casa de show. Acorda Brasil !!! Somente o rigor da lei e fiscalização podem
colocar estes locais dentro da legalidade, não adianta ir a ‘caça as bruxas’ querendo
mostrar força após a tragédia, aliás força não e uma boa solução na segurança
moderna mas sim, a inteligência e a estratégia. O caso da Boate em Santa Maria
é apenas a ponta do iceberg, existem muitos outros lugares com as mesmas
deficiências, se for feito um pente fino nem as instituições do governo escapam.
As responsabilidades de fiscalizar devem ser divididas entre; prefeitura, corpo
de bombeiros, defesa civil , Cau, Crea e órgãos de classe de segurança, para emissão de laudo da situação do imóvel antes de emitir o
alvará de funcionamento e não depois da tragédia, os órgãos fiscalizadores deixar
de assumir as responsabilidades.’
E para quem acha que foi um fato isolado sem importância, a
tragédia foi anunciada e comentada pelas principais mídias do mundo, e houve
até questionamento sobre a nossa competência em organizar com segurança um
evento mundial do porte da Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, como estará nossa
segurança? Como podemos estar seguro em um país aonde quem fiscaliza não
fiscaliza e quem poderia criar leis mais rígidas nao estão preocupados. Não
fazemos o mínimo necessário pela segurança da sociedade na hora do lazer.
Em visita recente ao Stade France - Paris, conversando com os
responsáveis pela segurança , o plano de abandono do estádio repleto em dia de
jogo é de alguns minutos em caso de tragédia no estádio, tempo útil para salvar
vidas e evitar mortandade e se tornar manchete de jornal por falta de uma
política de segurança consistente. Temos muito que aprender com as experiências
daqueles que há muito tempo cuidam da segurança patrimonial com seriedade e
responsabilidade sem dar chance risco e depois colocar a culpa no ‘Abreu, se
ele não se responsabilizar pelo danos
nem Eu’. Basta de achar que tudo é casualidade
!!! Acorda Brasil, antes que seja tarde!!!
A solução vem do bom senso e da competência, regulamentar as
instituições que podem ajudar na fiscalização, punir fiscais corruptos, normas
e regras para cada seguimento e deixar que os
improvisos venham servir de proteção para os que querem burlar as normas
e a legislação, órgãos como ABGS,ABSO,ABSEG,ABESE,ABINEE,ASIS Brasil e outros
que podem contribuir para melhorar a segurança através de seus profissionais e que muitas vezes não são citados para
contribuir na formatação de projetos que podem preservar vidas, isto em todos
os setores da sociedade.
Boa sorte e viva seguro!!!
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